Archive for the ‘Museu de craques’ Category

Museu de craques: Djalma Santos

21/10/2009

Na final da Copa do Mundo de 1958 entrou no lugar do titular De Sordi, contundido e, em apenas noventa minutos, foi eleito o melhor jogador da posição no Mundial.

http://quemeabola.files.wordpress.com/2009/02/djalma.jpg

Djalma fez história nos três grandes clubes por onde passou, jogador exemplar, jamais foi expulso de campo. Na Portuguesa, fez parte de uma das melhores equipes do clube em todos os tempos – ao lado de jogadores como Pinga, Julinho Botelho e Brandãozinho, conquistou o Torneio Rio-São Paulo em 1952 e 1955 e Fita Azul em 1951 e 1953. É também o segundo maior recordista de jogos disputados pelo clube, 434 no total, ficando atrás apenas de Capitão, com 496 partidas.

https://i0.wp.com/2.bp.blogspot.com/_2oFVxQi25-I/SajA4Kb7haI/AAAAAAAABpk/SdwRiYZbjHg/s400/djalmasantos.jpg

No Palmeiras, com 498 jogos, é o sétimo jogador que mais vestiu a camisa do palestra, conquistou o Campeonato Paulista em 1959, 1963 e 1966; a Taça Brasil em 1960 e 1967 e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa em 1967, torneios que classificam para a Libertadores da América, e, além disso, venceu o Torneio Rio-São Paulo em 1965.

https://i0.wp.com/www.sitedalusa.com/craques/imagem/djalma-homenagem-58.jpg

Em 1963, foi o único brasileiro a integrar a seleção da FIFA que enfrentou a Inglaterra em um amistoso no estádio de Wembley, na Inglaterra.

Pelo Atlético Paranaense, o lateral jogou até os 42 anos de idade, outro verdadeiro recorde para jogadores de futebol.

https://i0.wp.com/1.bp.blogspot.com/_Ro9CPatSDGw/Sj-v8KCzIEI/AAAAAAAAA7s/paLxySjsUfo/s320/zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzDjalma+santos.bmp

Uma jogada que sempre fazia era a forte cobrança do arremesso lateral, jogando a bola sempre dentro da área adversária. Segundo ele, tinha um problema na mão provocado por um acidente de trabalho,o que fazia com que jogasse a bola sempre para a frente.

Atualmente, Djalma Santos vive com sua esposa, Esmeralda Santos, na cidade de Uberaba, Minas Gerais.

Títulos:

  • Copa do Mundo: 1958 e 1962
  • Taça Brasil: 1960 e 1967
  • Torneio Roberto Gomes Pedrosa: 1967
  • Torneio Rio-São Paulo: 1952, 1955 e 1965
  • Campeonato Paulista: 1959, 1963 e 1966
  • Campeonato Paranaense: 1970

Museu de craques: Ademir da Guia

14/10/2009

Ademir da Guia  foi um jogador do Verdão, maior ídolo da história do Palmeiras onde foi titular absoluto por mais de dezesseis anos. Considerado pela crítica como um dos melhores jogadores do futebol brasileiro de todos os tempos, pela classe com que jogava herdou o apelido de seu pai, Domingos da Guia, e passou a ser chamado de “Divino”. Também é tido como um dos craques mais injustiçados da história do futebol brasileiro, pois durante toda a sua longa carreira, foi convocado apenas 14 vezes para a Seleção, e disputou apenas uma partida em Copas do Mundo, a de 1974, quando o Brasil já estava desclassificado, na disputa pelo 3º lugar contra a Polônia.

https://i0.wp.com/1.bp.blogspot.com/_RVQ-ZSW65JM/SQaA_MH813I/AAAAAAAAHUM/bITisZ2EhoI/s320/Ademir_da_Guia.jpg

Ademir da Guia é filho do zagueiro brasileiro Domingos da Guia, chamado de “O Divino Mestre”, considerado um dos maiores zagueiros do futebol brasileiro. Alto e esguio, Ademir chegou a atuar como centroavante no início da carreira, mas sempre preferiu o meio-de-campo. Chegou em São Paulo em 1961 vindo do Bangu-RJ, clube que o revelou para o futebol, assim como a seu pai e a seu tio, Ladislau da Guia (até hoje o maior artilheiro da história do Bangu, com 215 gols), para jogar no Palmeiras onde permaneceu até encerrar a carreira em 1977. Ídolo maior da história do clube, formando o célebre meio-de campo Dudu & Ademir, teve a biografia publicada em 2001. Em 2006, foi lançado um documentário sobre a sua carreira, intitulado Um craque chamado Divino.

https://i0.wp.com/memoria.alviverde.sites.uol.com.br/fotos/Ademir1.jpg

Clubes

  • Céres – (1952 a 1956) (categoria de Base)
  • Bangu – (1956 a 1961)
  • Palmeiras – (Agosto de 1961 a 1977)

Títulos

Palmeiras:

  • Campeonato Paulista: 1963, 1966, 1972, 1974 e 1976.
  • Torneio Rio-São Paulo: 1965.
  • Torneio IV Centenário da Cidade do Rio de Janeiro: 1965.
  • Taça Brasil: 1967.
  • Torneio Roberto Gomes Pedrosa: 1967 e 1969.
  • Troféu Ramón de Carranza (Espanha): 1969, 1974 e 1975.
  • Torneio Laudo Natel: 1972.
  • Torneio Mar del Plata (Argentina): 1972.
  • Campeonato Brasileiro: 1972 e 1973.

Estatísticas

  • Partidas pelo Palmeiras: 901 (recordista do clube)
  • Partidas oficiais: 980
  • Gols pelo Palmeiras: 153 (3° maior goleador do clube)
  • Gols na carreira: 165
  • Partidas pela Seleção: 12
  • Gols pela Seleção: nenhum

Museu de craques: Oberdan

07/10/2009

Hoje considerado por muitos o melhor goleiro da história do time paulista, disputando este título com Leão e Marcos.

https://i0.wp.com/memoria.alviverde.sites.uol.com.br/fotos/Oberdan_Fabio.jpg

Quando deixou a sua Sorocaba num caminhão em 1941, Oberdan Cattani não chegou a imaginar que cumpriria, pouco mais tarde, o sonho de uma italianíssima família de imigrantes que via nas cores do velho Palestra Itália as honrarias presentes à bandeira da “Velha Bota”.

https://i0.wp.com/www.museudosesportes.com.br/img_noticias/27371.jpg

Com a cara e coragem de seus 22 anos de idade , o menino alinhado, de cabelos sempre penteados, jogados para o lado, no mais cuidadoso estilo Clark Gable, chegou ao Palestra para um teste, indicado por seu irmão Athos e pelo ex-jogador Miguel, e por lá ficaria até os dias de hoje. Oberdan vive ainda na Pompéia, bairro próximo do estádio do clube, que visita quase todos os dias.

Hoje conselheiro vitalício do Alviverde, Oberdan Cattani viu morrer em 1942 o velho Palestra Itália e, no dia seguinte, nascer a Sociedade Esportiva Palmeiras. “Foi um tempo doloroso para todos nós. O clube foi obrigado a mudar de nome por uma imposição, obrigaram a tirar não só a palavra ‘Itália’ do nome, como também o ‘Palestra'”, relembra o ex-jogador.

A imposição visava uma medida simbólica: nenhuma agremiação poderia levar no nome ou nas cores qualquer apologia à Itália, país alinhado ao Eixo na Segunda Guerra Mundial – logo, nação inimiga do Brasil, que lutou ao lado dos Aliados -, berço do fascismo desenhado por Benito Mussolini. “Mas foi bom que o time mudasse de nome. Assim, quebrou-se o estigma de time de italianos e o clube ficou aberto a novos torcedores, de outras raças e nacionalidades. O Palmeiras democratizou o futebol”, defende Oberdan.

https://i0.wp.com/blogdojuca.blog.uol.com.br/images/OBERDAN2.jpg

No dia seguinte à mudança do nome, ele viveria sua maior alegria no clube: a vitória sobre o São Paulo por 2 a 1 – naquele dia, o Palmeiras entraria em campo carregando a bandeira do Brasil.

Ainda que sem expressar total convicção, Oberdan não esconde até hoje a mágoa pela falta de vontade política das demais equipes de São Paulo para defender a manutenção do nome Palestra Itália. “Tinha diretores do São Paulo que exigiram a mudança. Demos o troco neles com aquela vitória, que jamais vou esquecer”. A mágoa, transformada em arqui-rivalidade a partir dali, rendeu a Oberdan a autoria da frase segundo a qual “os corintianos são rivais dos palmeirenses; os são-paulinos, inimigos”. Sessenta e dois anos depois, ele nega que tenha feito a afirmação. “Sei que existe essa lenda, mas jamais desrespeitei rival algum”.

Respeito que foi deixado de lado antes de a equipe faturar o título do Campeonato Paulista de 1942 em cima do Tricolor. Era o primeiro passo antes de ele se tornar um dos goleiros mais vitoriosos do Verdão. No final da carreira, passou peloJuventus,em 1954

Títulos:

  • Campeonato Paulista – 1942, 44, 47 e 50
  • Taça Cidade de São Paulo – 1946, 50 e 51
  • Torneio Rio-São Paulo – 1951
  • Copa Rio (Mundial Interclubes) – 1951

Museu de craques: Djalminha

30/09/2009

Djalminha jogou no Flamengo e no Palmeiras, mas foi no La Coruña, da Espanha, aonde passou grande parte da carreira.

djalminha-bad-boy-01g

Formado nas divisões de base do Flamengo, Djalminha fez seu primeiro jogo, entre os profissionais, em uma partida contra o América-RJ, válida pelo Campeonato Carioca de 1989.

djalminha

Tinha um futuro promissor na Gávea, contudo, após uma discussão e troca de empurrões, com o então companheiro de equipe Renato Gaúcho, deixou o clube pela porta de trás.

Do Flamengo seguiu para o Guarani, em 1993, tendo permanecido duas temporadas no clube de Campinas, antes de se transferir para o futebol japonês. Não se adaptando à vida no Japão, no mesmo ano em que saiu, retornou ao Guarani.

Em 1995, Djalminha foi contratado pela multinacional Parmalat para jogar no Palmeiras, à época, repleto de grandes jogadores como Cafú, Júnior, Flávio Conceição, Rivaldo, Müller e Luizão. Com esse timaço, o Palmeiras venceu o Campeonato Paulista de Futebol de 1996, quando seu ataque atingiu a histórica marca de 102 gols anotados. Mais tarde, Djalminha chegaria a declarar que aquela fora a melhor equipe pela qual já havia atuado, em toda sua carreira.

djalma

A carreira de Djalminha atingiu seu ápice, em 1997, quando foi convocado para a Seleção Brasileira, que disputou e conquistou a Copa América. A partir deste seu sucesso na Seleção, o reconhecimento internacional acabou rendendo-lhe a passagem para a Europa, mais precisamente para a Espanha, aonde veio a defender o Deportivo la Coruña, de 1997 a 2002.

Na Galícia, tornou-se ídolo, após a conquista inédita do Campeonato Espanhol de 1999/00. Entretanto, na temporada 2002, o temperamento de Djalminha tornou a atrapalhar sua carreira, visto que, durante um treino, ao desentender-se com seu treinador, agrediu-o com uma cabeçada. Naturalmente, foi afastado da equipe e negociado com um clube da liga austríaca, o Austria Wien.

Porém, o pior de tudo foi que a notícia de seu ato indisciplinar também acabou repercutindo em seu futuro na Seleção Brasileira. Antes cotado para a disputa da Copa do Mundo de 2002, Djalminha acabou ficando de fora dos planos do técnico Luís Felipe Scolari.

20090519213342-djalminha-na-sua-etapa-no-depor

Em 2003, após uma temporada inteira na Áustria, voltou ao Deportivo la Coruña, após especulações de um possível retorno ao Palmeiras, que então encontrava-se na Série B. Por fim, um ano mais tarde, encerrou sua carreira aos 34 anos no América do México.

Museu de craques: Julinho Botelho

23/09/2009

172-Poster-1958_3

Julinho é este que está na imagem em com o rosto em destaque.

Um dos maiores pontas-direita da história do futebol mundial, Júlio Botelho, nasceu em 29 de julho de 1929, faleceu em 10 de janeiro de 2003. E jogou na nossa, na dele Sociedade Esportiva Palmeiras. Foi vaiado mesmo antes de entrar em campo, e fez ser no Maracanã. Recusou jogar uma Copa do Mundo. Fez história… Foi esquecido.

Iniciou a carreira no Juventus da Rua Javari, mas logo se transferiu para a Portuguesa em 1951, onde formou um time lusitano histórico, com Djalma Santos, Pinga e Brandãozinho. Foi jogar em Florença, na Itália , onde foi eleito, em uma votação realizada em 1966, o maior jogador da história da Fiorentina. E em 1958, com saudades da família voltou ao Brasil pra ser o maior ponta-direita do time de coração.

Primeiramente vamos falar dele na Seleção Brasileira, disputou a Copa de 1954, marcando um dos gols mais bonitos daquela Copa, contra o México. Apesar do bom momento que vivia, nao disputou o Mundial de 1958. Injustiça? Não. Cárater. Julinho alegou que por jogar fora do país nao seria justo disputar a Copa no lugar de um que jogava no seu país de origem. Quando já defendia nossas cores, em 13 de maio de 1959, a Seleção Brasileira enfrentaria a Inglaterra no Maracanã, em um amistoso. Julinho substituiria Garrincha, acima do peso, que ficaria no banco, quando foi anunciado seu nome, 160 mil pessoas o vaiaram. Como podem vaiar algum jogador antes mesmo de entrar em campo? Como podiam vaiar Julinho? Os cariocas pareciam nao saber quem era Julinho. Tolos. As vaias viraram cinco minutos de aplausos. Primeiro fez jogada magistral no primeiro gol. Depois passou a entortar os beques ingleses. E corou a epopéia pessoal com um dos gols mais bonitos da história do Mario Filho. Em 15 minutos Julinho havia se apresentado aos cariocas. Desde de 1950, o Maracanã nao havia ovacionado mais ninguém, nao daquele jeito. Se nao tivesse tropeçado no último degrau da escada que levava ao gramado, diria que ele sequer ouviu as vaias. Fez 31 partidas com a camisa canarinho.

29094

Agora vamos de Palmeiras, o maior imortal da nossa camisa 7 de tantas glórias,tantas histórias, shows, dribles, gols e títulos.

Chegou em 1959 pra fazer da Primeira Academia, e chegou mostrando a que veio, ser campeão, ser ídolo. Conquistou o Supercampeonato Paulista contra o Santos de Pelé, numa das mais eletrizantes finais da história do estadual. Foi fundamental logo no seu primeiro título. Fez parte do elenco que disputou o jogo histórico em que o Palmeiras vestiu a camisa da Seleçao e goleou a seleção uruguaia por 3 x 0 na inauguração do Mineirão. Dias antes desse jogo, Julinho sentiu uma contusão e pediu pra nao jogar, Filpo Nuñez preparou Germano. Chegando ao Mineirão, no vestiário, Julinho puxou Don Filpo Nuñez e disse que queria jogar, nem que fosse com uma perna só. Mesmo “com uma perna só” fez a jogada que resultou no penalti do primeiro gol palmeirense. Saiu no intervalo, já tinha cumprido seu papel.

Julinho estreou no Palmeiras, seu time de coração, num amistoso contra o São Paulo, em 26 de junho de 1958, vitória palmeirense por 4 x 3. Se despediu em 12 de fevereiro de 1967, em outro amistoso, dessa vez contra o Náutico, vitória por 1 x 0.

Julinho botelho

Atuou no time que amava em 269 partidas, venceu 163, empatou 53 e perdeu 53. Fez 81 gols.

Nos nove anos que defendeu nosso Palmeiras ganhou:

2 Campeonato Paulista em 1959 e 1963

1 Taça Brasil de 1960

1 Torneio Rio-São Paulo de 1965

memoria-esporte005-julinho03

Julinho era alto, forte e ao mesmo tempo rápido, dono de uma habilidade incrivel, nao tinha o biotipo comum ao de pontas, normalmente baixos, magros e de pernas curtas. Um dos maiores pontas do Mundo, o maior da nossa história, o primeiro a quem a número 7 caiu como uma luva quebrou todos os esteriótipos de um época que o baixinho, troncudo das pernas tortas era idolatrado. Nao chegou a ser um Garrincha mas ofuscou um pouco o brilho do Mané. E fez mais que isso, virou, é ídolo da Sociedade Esportiva Palmeiras, uma honra para ele, maior ainda pra nós que temos o privilégio de tê-lo na nossa história.

Na sua despedida contra o Náutico, saiu aos 32 minutos do primeiro e deu lugar ao peruano Gallardo. Na primeira bola que o peruano errou o estádio inteiro puxou em coro: “Volta Julinho!”

Após a partida contra a Inglaterra que ele foi vaiado e depois ovacionado pelos torcedores cariocas, os jornais ingleses estamparam a seguinte manchete: “O Brasil agora tem dois Garrinchas”.

Antes de entrar em campo no mesmo jogo, ouvindo as vaias no vestiário, percebendo o que estava acontecendo, Nilton Santos chegou pra ele e disse: “Vai lá e faça eles engolirem essa vaia”. Ele obedeceu.

No seu ultimo ano de Fiorentina, querendo vir embora com saudades do Brasil ganhou o apelido de “Senhor Tristeza”.

Quando estava internado na UTI em 2003, a familia de Julinho recebia ligaçoes diárias de dirigentes da Fiorentina querendo informações sobre sua saúde. Julinho faleceu de problemas cardíacos.

O locutor Geraldo José de Almeida deu o apelido de “Flecha Dourada” a Julinho.